Dente de leão

Taraxacum official Web.

Um grande amigo do fígado e dos rins

Propriedades e Indicações:

As folhas e a raiz contêm taraxacina, um princípio amargo semelhante ao da chicória, a que se devem as suas propriedades tónicas e digestivas, e inulina. As folhas contêm ainda flavonóides, cumarinas e vitaminas B e C. 

  • Aperitivo, digestivo e tónico estomacal: aumentas as secreções de todas as glândulas digestivas, facilitando deste modo a digestão e aumentando a capacidade digestiva. Aumenta a produção de saliva, de sucos gástrico, intestinal e pancreático, assim como de bílis. Ao mesmo tempo estimula a musculatura de todo o tubo digestivo. Por tudo isto, acelera e estimula todos os processos da digestão, tanto físicos como químicos.
  • Colerético (aumenta a produção de bílis no fígado) e colagogo (facilita o esvaziamento da vesícula biliar): a sua acção sobre o fígado e a vesícula biliar é a mesma que sobre os restantes orgãos digestivos, ainda que mais intensa. Trata-se de uma das plantas mais ativas sobre a função biliar, pelo que convém especialmente aos que sofram de:
      • insuficiência hepática, hepatite e cirrose: pode chegar a triplicar a produção de bílis, descongestionando assim o fígado e facilitando a sua função de desintoxicação.
      • disquinésias biliares (vesícula preguiçosa e outros transtornos do seu funcionamento).
      • colelitíase (cálculos na vesícula biliar): embora o dente de leão não seja capaz de dissolver os cálculos, permite um melhor funcionamento da vesícula, enquanto se aguarda um tratamento definitivo.
  • Diurético e depurativo: é um dos seus efeitos mais notáveis. Aumenta o volume da urina e favorece a eliminação de substâncias ácidas residuais, que sobrecarregam o metabolismo. Tem utilidade para os pletóricos, os gotosos e os artríticos. 
  • Laxante suave: não irritante, especialmente útil nos casos de preguiça ou atonia intestinal. O seu efeito laxante, unido ao depurativo, tornam esta planta um bom remédio para casos de eczema, erupções, furúnculos e celulite, que muitas vezes são consequência de uma auto-intoxicação produzida pela prisão de ventre.

Dr. Jorge Pamplona Roger, A Saúde Pelas Plantas Medicinais, vol.1, pg. 397,398

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